sexta-feira, 30 de abril de 2010

Embrapa resgata motor multicombustível de baixo custo



Equipamento está em exposição na feira Ciência para a Vida, até 2 de maio, em Brasília
Foto: Bernardo Rebello
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Motor multicombustível para uso agrícola

30/04/2010
- A unidade da Embrapa de Jaguariúna, no interior de São Paulo, está trazendo de volta para o mercado o motor Stirling, inventado por Robert Stiling em 1816. Trata-se de motor multicombustível para uso agrícola. O invento teve sua utilização abandonada ao longo do tempo, em função da invenção de motores mais potentes, de combustão interna ou elétricos.
A Embrapa quer resgatar o uso do motor por produtores, principalmente da agricultura familiar, já que o equipamento representa economia de energia e é de baixo custo. De acordo com Maria Cecília, da Embrapa, essa tecnologia tem sido novamente pesquisada na Europa, Japão e Estados Unidos, devido à possibilidade de trabalhar com diferentes tipos de combustíveis, principalmente com aquecimento solar.
“No Brasil, a Embrapa Meio Ambiente de Jaguariúna está conduzindo um projeto de pesquisa sobre o motor, na carga de baterias, pulverizadores eletrostáticos, bem como pequenas bombas d’água para agricultores de baixa renda”, explica.
Segundo ela, esses motores não necessitam de nenhum tipo de manutenção ou lubrificação e podem ser construídos com baixo aporte de tecnologia. Seu abastecimento pode ser feito com combustíveis líquidos renováveis, como álcool, biodiesel ou sólidos, como restos de cultura, cavacos de madeira, gravetos, carvão, entre outros. O motor também pode funcionar com o gás natural. “Com sistema de espelhos parabólicos para concentração de calor, a energia solar pode ser outra alternativa para colocar a máquina em funcionamento”, afirma Cecília.
O tamanho do motor varia de acordo com a necessidade do produtor, assim como sua potência, que vai depender do calor gerado. “Ao utilizar o equipamento, o produtor economiza energia, já que está usando fontes alternativas para alimentar o equipamento. O custo também é baixo. Ele custa entre R$ 150 a R$ 1 mil. O tamanho é que determina o preço. Um motor convencional, além de consumir muita energia, chega a custar R$ 5 mil”, conta Cecília.
O protótipo do motor é uma das atrações da feira Ciência para a Vida - VII Exposição de Tecnologia Agropecuária, que teve início no dia 24 e prossegue até o dia 2 de maio, na sede da Embrapa em Brasília. Para obter mais informações sobre o motor Stirling, o produtor interessado deve entrar em contato com a Embrapa Meio Ambiente de Jaguariúna, em São Paulo.

Serviço

Unidade Embrapa Meio Ambiente em Jaguariúna - (19) 3311- 2653
Agência Sebrae de Notícias - (61) 2107-9101

Por Regina Xeyla
Fonte: Agência Sebrae de Notícias

Uso de energias renováveis bate recorde no Brasil



Haverá aumento da oferta de energia hidráulica, além de manutenção do crescimento das vendas de etanol.
Foto: Geografia
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30/04/2010
- A matriz energética brasileira registrou nível inédito de energias renováveis em 2009, segundo dados preliminares do Balanço Energético Nacional (BEN),  divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As fontes renováveis responderam por 47,3% de toda a energia consumida no Brasil. Trata-se do maior valor pelo menos desde a década de 1970, quando o consumo de lenha começou a cair no País.
O crescimento das fontes renováveis, porém, teve forte impacto de fatores pontuais, como a boa hidrologia, que permitiu maior geração hidráulica, e a crise econômica, que reduziu o consumo de carvão pelo setor siderúrgico. Ou seja, o aumento da participação renovável se deu pela redução da demanda por fontes não renováveis. O País consumiu 243,9 milhões de toneladas equivalentes de petróleo em 2009, 3,44% a menos do que em 2008.
A maior redução se deu entre as fontes não renováveis (-5.85%), para 128,6 milhões de toneladas equivalentes de petróleo. Houve queda no uso de carvão mineral (-19,4%), gás natural (-17,7%) e urânio (-7,6%). Por outro lado, energia hidráulica, produtos da cana-de-açúcar e outras renováveis tiveram aumento de 5,2%, 2,8% e 10,2%, respectivamente.
A participação das energias renováveis na matriz energética se manteve estagnada nos três anos anteriores, sempre com uma participação na matriz energética ao redor dos 45%. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o patamar atingido em 2009 é o maior desde que o Brasil passou a usar fontes mais modernas de energia. "Pode ser que, antes dos anos 70, quando a lenha era consumida em larga escala, tenha havido porcentual maior."
Embora haja expectativa sobre a retomada do consumo de carvão já este ano, por conta do reaquecimento do mercado externo, Tolmasquim acredita que a participação das renováveis deve se manter alta pelos próximos anos. Ele argumenta que haverá aumento da oferta de energia hidráulica, além de manutenção do crescimento das vendas de etanol.

Fonte: Agência Estado e Instituto Ideal

http://www.rts.org.br/noticias/destaque-2/uso-de-energias-renovaveis-bate-recorde-no-brasil

Agroecologia Urbana