quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ambientalista critica código florestal

O diretor da ONG ambientalista SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, afirma que as implicações negativas do novo Código Florestal impactarão na economia do País. A declaração foi feita ontem em Maringá, durante uma palestra promovida pela secretaria municipal do Meio Ambiente, no auditório Hélio Moreira.

O diretor da ONG SOS Mata Atlântica,
Mário Mantovani, em Maringá
Para ele, a aprovação do código contraria a ideia de "pensar global e agir local". Para produzir os commodities, os agricultores do Paraná estão deixando de agregar valor nos produtos pela origem ambientalmente correta. "São pequenas ações de cada um que mudam o mundo". De acordo com Mantovani, o Brasil poderia ganhar muito mais aproveitando a legislação atual avançada. "O texto do deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP)", alega o ambientalista, "seria um retrocesso legal e de políticas públicas".
Entre alguns pontos do código, ele destaca que a bancada ruralista favorável ao código utiliza argumentos falsos para convencer a opinião pública. Como exemplo, cita que a maioria das propriedades rurais do país – cerca de 80%, equivalentes a 4 milhões de propriedades - são de agricultura familiar e que possuem legislação própria a respeito de Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal.
"Na prática, esta agricultura que está sendo feita hoje no Brasil não tem novidades se comparada àquela que era feita no século XIX. A legislação divide o grande do pequeno produtor e exige de acordo com a modalidade", disse.

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